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sexta-feira, 27 de julho de 2012

PUAMA SERÁ REFERÊNCIA EM RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

Programa trará inúmeros benefícios, sobretudo, a revegetação e recuperação das nascentes e margens do Córrego Macambira e do Ribeirão Anicuns

A recuperação ambiental tem sido assunto corrente em todo o mundo. Meio ambiente e sustentabilidade, vez ou outra, ocupam o cenário de discussões. Conferência das Nações Unidas Rio+20, Congressos, Simpósios, Semana Mundial do Meio Ambiente, e tantos outros, abordaram e abordam o tema, trazendo a preocupação à tona. A ocupação desordenada das cidades e os hábitos de desrespeito do homem com a natureza estão entre os principais pontos levantados.
Não é de hoje que se fala em mudar a realidade de degradação por que passa a natureza. Em Goiânia essa preocupação é antiga e remonta a concepção original da cidade, com o plano urbano elaborado pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima, pautado na concepção da convivência entre o urbano e a natureza, por meio da idéia das cidades-jardim, procurando resguardar a organização e ordenação dos espaços urbanos integrados ao verde dos bosques e fundos de vale.
Em linhas gerais, o Programa Urbano Ambiental Macambira Anicuns (Puama) busca contribuir para equacionar os problemas ambientais, urbanísticos e sociais que afetam a cidade de Goiânia, resultantes da ocupação desordenada do espaço urbano, em especial das margens dos cursos d’água Macambira e Anicuns.
Edificações em área de preservação permanente, processos erosivos, lançamentos irregulares de efluentes, deposição de resíduos sólidos ao longo dos vales e falta de proteção adequada para as áreas de recarga dos lençóis freáticos, estão entre os problemas detectados. O Puama quer recuperar esse cenário e ainda ampliar o debate e a conscientização ambiental de toda a população da Capital, estimulando a participação (individual e coletiva) dos cidadãos no processo de construção de um desenvolvimento sustentável da cidade.

Meio ambiente
Entre as intervenções previstas estão a execução de obras estratégicas, que vão da revegetação e recuperação das margens e leitos de rios e córregos, ao melhoramento de pontes e bueiros, que irão minimizar os problemas ambientais existentes. Além disso, o Programa prevê a regularização urbana e o reassentamento de famílias e negócios, bem como realização de obras de infraestrutura urbana e social, na área de abrangência do Programa, tais como pavimentação, drenagem, iluminação, unidades educacionais (ensinos fundamental e infantil), unidades básicas de saúde familiar, centros comunitários, quadras poliesportivas, praças, entre outros.
Melhorias que virão como resultado e complemento de todo um processo de recuperação ambiental empreendido nas margens do Córrego Macambira e do Ribeirão Anicuns. “Restabelecer a vegetação original da área dos 385,5 hectares que compõem os Parques do Programa é o foco principal do Puama”, informa o Coordenador Executivo do Programa, Valdi Camarcio. De acordo com o coordenador, primeiro será feito o replantio de espécies nativas e a proteção das margens para corrigir o estágio atual de degradação em que as áreas se encontram.
A construção de demais equipamentos e obras previstas no Programa visa garantir que a população usufrua desse espaço ambientalmente recuperado. “A construção de núcleos de conforto, parques de vizinhança além de outros equipamentos de lazer, são benefícios que virão em razão da construção dos Parques do Puama e irão garantir a apreciação paisagística e usufruto dos bens ali instalados”, destaca.

Revegetação
Além disso, as intervenções na área são realizadas com a preocupação de preservar ao máximo a plantação nativa. Segundo a gestora ambiental Érika Maria Siqueira, Especialista em Manejo de Áreas de Conservação e integrante da equipe do Puama, toda espécie que deverá ser retirada para viabilizar as obras foi catalogada e o levantamento foi encaminhado à Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) para autorizar a supressão, mas o impacto ambiental será reparado com o replantio de mudas em toda área dos Parques. “Para se ter uma idéia, a recomposição arbórea será bem superior à retirada – serão plantadas mais de 120 mil mudas árvores, o que significa a revegetação de mais de 200 hectares do total de 385,5 hectares que compõem o Parque Linear e o Parque Ambiental Macambira”, destaca.
Conforme um estudo realizado pela Amma, Goiânia é a capital brasileira que possui maior número de metros quadrados de áreas verdes por habitantes no Brasil. Segundo o levantamento, Goiânia possui 94 m² de áreas verdes por habitante, superando Curitiba, que possui 51 m² de área verde por habitante e era, até então, considerada a capital brasileira que ocupava o primeiro lugar no ranking desse tipo de comparativo.
Com a implantação dos Parques do Programa esse índice será ainda melhor, pois com o plantio de mais de 120 mil mudas nativas ao longo dos parques, o Puama acrescerá um índice de 3,6 m2 de áreas verdes por habitante elevando para 97,6 m2/hab.

Autor: Selma Soares

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